terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CRÉDITO PARA PROGRAMA ABC VEM CRESCENDO E GANHA ADESÃO DE MUNICÍPIO PARAENSE

ATÉ O FINAL DE NOVEMBRO FORAM LIBERADOS R$ 178,1 MILHÕES, O QUE REPRESENTA UM AUMENTO DE 55,5% NA COMPARAÇÃO COM MESMO PERÍODO DO ANO-SAFRA ANTERIOR



O levantamento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dos financiamentos rurais da safra 2011/2012 aponta alta de mais de 12% nas movimentações financeiras relativas aos programas de investimento, que incluem Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Moderagro, Moderinfra, Moderfrota, Prodecoop e Procap-Agro. Dos R$ 20,5 bilhões previstos, R$ 6,5 bilhões já foram utilizados. Somente o volume captado para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) cresceu 55,5%. Até o final de novembro, foram liberados R$ 178,1 milhões. Nos cinco primeiros meses do Ano-Safra anterior foram R$ 114,5 milhões em créditos.

Nesta terça-feira (20), a Prefeitura de Paragominas (PA) e o Banco do Brasil assinam as primeiras operações de crédito de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O Pará será o primeiro estado da Amazônia a receber este tipo de financiamento. Para isso, os produtores vão ter de adotar técnicas agrícolas sustentáveis, que reduzam a emissão dos gases do efeito estufa (GEE).

Na ocasião, será realizado também o primeiro desembargo de áreas rurais que haviam sido bloqueadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) antes do lançamento do projeto Paragominas-Município Verde, por conta, na época, de desmatamento e de irregularidades ambientais.

A linha de crédito para Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é direcionada para a produção agropecuária e detém um teto de até 1 milhão por ano, com prazo de pagamento de até 15 anos, com até seis anos de carência. Os juros serão 5,5% ao ano. Segundo o gerente de Agronegócio do Banco do Brasil, Sergio Jesus, a linha estimulará a integração entre atividades do campo e aumentará o potencial produtivo. “A ABC vai potencializar a integração da lavoura com a pecuária e a floresta, e contribuirá com o reflorestamento. Vamos fazer os financiamentos com juros acessíveis em um modelo de produção diferenciada”.

Segundo o pesquisador sênior do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), Paulo Amaral, a modalidade ABC visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) advindas da agricultura e da pecuária. “Ela utiliza técnicas e práticas que estão em harmonia com a conservação ambiental, não invade as Áreas de Preservação Permanente (APP), não derruba florestas, e ainda recupera as áreas abertas. Nos últimos cinco anos surgiram várias alternativas para a ABC, por exemplo, o sistema de produção em Mandala, que conserva produtos em áreas pequenas e em diversidade”. Em Paragominas, a prática de Agricultura de Baixo Carbono já é utilizada pelo engenheiro agrônomo Bazílio Carloto. Há oito anos ele pratica a atividade de agricultura e já conseguiu implantar a técnica em 50% na propriedade em que trabalha. A meta para 2012 é atingir os 100%

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